domingo, 8 de novembro de 2009

Mulher no Brasil! Ouça um alerta



A aceitação da energia feminina é um problema para homens e mulheres, principalmente em um país machista como o Brasil. As próprias mulheres são machistas , não aceitam que podem controlar sua energia, sua sexualidade sem que isso seja ssubmeter-se ao homem. O que dizer do caso da estudante ameaçada de estupro em uma dita universidade porque usava uma minissaia? Estamos 24 horas sendo bombardeados pela imagem de mulheres sexys, seja em revistas, televisão,na moda, ensaios sensuais de revistas, na música, um exemplo maior é a Britney Spears. Observem bem a imagem que é vendida da mulher. Dias atrás a Disney colocou a Miley Cyrus dançando no pole dancing no the 2009 Teen Choice Awards , ou seja uma garota adolescente de 16 anos, fazendo insinuaçãoes eróticas típicas de uma stripteaser e todo mundo aplaude. Imagem de independente, sexy, provocadora, dona de sua sexualidade e corpo e nenhum homem ameaça sua integridade física. Isso é normal para a sociedade. E quando uma simples mortal resolve ser sexy e usar roupas da moda pra ser a tal é chamada de vagabunda para baixo, é denegrida e se fosse violentada teriam dito que ela provocou e a vítima passaria a ser culpada. E onde ficam os homens nessa história deplorável? Ficam como os senhores donos do mundo que não podem ver a independência feminina, não podem ver uma mulher absoluta e dona de si que têm o ímpeto animal de querer dominá-la até com a força. São os ditos guardiões da moral. Então vejamos onde estão estes guardiões. São os mesmos que vão aos clubes de striptease e pagam prostitutas, isso é moral? São os que fingem que exploração sexual infantil não existe e justificam dizendo que as meninas exploradas são vagabundas mesmo. Compram as playboys com as " gostosas" do mês e fazem sabe-se lá o que com as revistas. Quando chegam em casa são os pais de família respeitados, os trabalhadores da semana, enfim, uma hipocrisia só.

A mulher tem que se levantar com seu poder e dizer basta, daqui a pouco será em qualquer lugar a desculpa de não poder usar vestidos decotados, minissaias, etc. A mulher não pode concordar com essa situação. Chega de exploração, amulher é dona de seu corpo, as mulheres pagam suas contas, são independentes e não podem ser ameaçadas porque mostram o corpo, quer dizer nem mostram tanto o corpo. E ser violentada agora vai ser poquer usva roupa inadequada e provocou o homem. E o homem é um animal que ataca e não pensa ? Em que selva estamos? Os homemns também têm responsabilidades em não comprar essas revistas masculinas, ver a mulher como igual e não querer usá-la como objeto, ir contra a exploração sexual, porque serão suas filhas que estarão sofrendo as consequencias de um retrocesso nas relações sociais com as mulheres.

Você mulher tem um poder especial. Você tem medo de assumi-lo? Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"? Tem medo de perder sua feminilidade se tiver o poder em suas mãos? Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros quando estiver em exercício de seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros?

Pensem bem em que mundo queremos viver: em constante violência, seja psicológia ou física ou em um mundo evoluído.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Níveis Mentais


De acordo com as freqüências das ondas cerebrais, os Níveis Mentais estão dentro de dois grandes grupos: Nível Astral ou Nível Mental.É importantíssimo frisar ainda, que é no nosso cérebro que ocorre a maior quantidade de atividades elétricas (luz), cada pensamento, cada lembrança, cada ação que praticamos é o resultado de milhões de micro descargas elétricas que percorrem os neurônios em ínfimas frações de segundo. Toda esta atividade é chamada de freqüência cerebral (mental), a qual é medida em ciclos por segundo.No Nível Astral, nós imaginamos, criamos, mas não nos realizamos com bastante intensidade ou rapidez. A cura, por exemplo, ocorre, mas com lentidão. Na nossa vida normal já estamos por bastante tempo no Nível Astral enquanto dormimos, pensamos, desejamos ou sonhamos. Este nível atua no consciente interior e é desenvolvido por nós automaticamente. Precisamos desenvolver, portanto, os níveis superiores a Beta. Quando estamos no Nível Astral, podemos ficar vulneráveis, pois a vibração da pessoa baixa. A energia deste nível pode ser usada negativamente. O campo energético pode baixar não só na meditação, mas também quando a pessoa chora ou dorme muito, pois a aceleração de suas freqüências cerebrais diminui,assim com a energia e, logicamente, a sua proteção. Assim, pensamentos negativos, vibrações negativas não só de pessoas, como também do ambiente, influenciam a aura dessa pessoa, podendo absorvê-los.Já no Nível Mental, mais precisamente acima de 17 ciclos por segundo, os resultados só são positivos. A energia só pode ser usada positivamente ou, no máximo, pode ficar neutra, nunca negativa! O campo energético aumenta, nossas defesas ficam mais resistentes, nossa aura amplia. As realizações são muito mais rápidas!Como regra geral, devemos mudar os pensamentos negativos para positivos, assim irradiaremos luz, amor e harmonia. Somos o que pensamos ser, dessa forma pense melhor e se torne uma pessoa melhor. Quanto mais evoluídos e harmônicos forem seus pensamentos, desejos e atitudes, mais luz você emitirá!

sábado, 31 de janeiro de 2009

LILITH

Conhecida também como a “Lua Negra”, “O Lado Oculto da Lua” ou “Maga Negra”.OrigemFoi a primeira Deusa/mulher a “pisar” na Terra antes de Adão e Eva. Era uma amazona, uma “Deusa”, pois tinha todos os conhecimentos.Lilith veio da 13ª Constelação – Ophiúchus. A 13ª constelação foi retirada do zodíaco, cerca de 5 mil anos, só temos 12 constelações zodiacais (entre sagitário e escorpião, se encontra a constelação das Deusas, das mulheres “guerreiras”).Ela é a “Senhora da Energia Vibracional”. Não é uma freqüência negativa, é uma freqüência altamente positiva. É o lado “oculto” da vibração da energia de kundalini.Responsável pela energia de Kundalini (conhecimento distorcido pelas “Religiões” - líderes mundiais).Seu “Consorte” foi responsável pelos ensinamentos da “Árvore da Vida” (diferente do que conhecemos).Na Bíblia a representaram como a “Serpente que tentou Adão e Eva”, fazendo com que pecassem. Na verdade era Lilith ensinando a Eva os segredos da Magia Vibracional /Sexual Ativa (não sexo pelo sexo), como se desenvolvia. É a energia da criação/sexual.A analogia de “comer do “fruto proibido” (que não era maçã), foi o discernimento do “bem e do mal”. Tiveram a grandeza do conhecimento a partir do momento que conheceram a energia suprema, a energia da criação. Não houve pecado algum.Foi neste momento que Lilith e seu “Consorte” disseram: Já que eles já têm o conhecimento da vida, são versados no bem e no mal, poderão ser como um de nós; então deixemos que eles tracem o seu próprio destino. E deram o livre arbítrio a eles.Adão e Eva foram “fabricados” na Terra, tanto é que Lilith e seu “Consorte” disseram: Façamos o homem a nossa imagem e semelhança (não foi “Deus”).A Bíblia distorceu tais informações pelos interesses pessoais. Modificaram o verdadeiro conhecimento e a colocaram como a figura de um réptil tido como negativo. Não queriam ‘Deuses e Semideuses” na Terra, assim como fizeram com Maria Madalena para anular a aceitação da população em relação a sua freqüência e “poder”, na verdade do seu controle.As mulheres que têm a freqüência da Lilith genética e/ou vibratória ativa conseguem despertar nas pessoas essa capacidade. Têm a condição de apenas tocando no ombro de outra mulher, mudar o padrão vibratório dela, assim poderemos encontrar as outras mulheres. Assim como da Medusa e da Medicina de Cristo.A versão dos Seres em relação Lilith é altamente positiva. Não tinha nada a ver com pés de coruja, nem cabeça que se transformava em animal, na verdade era uma mulher de uma beleza fenomenal que encantava e atraia. Era uma Deusa, que não nasceu na Terra, ela veio para a Terra parceira de Emanuel, posteriormente a primeira mulher de Adão. Lilith era altamente capacitada de poderes, controle de equilíbrio extra-sensoriais, extrapolava os limites da 3ª dimensão, dos sentidos da física. Controlava absolutamente as leis universais, tinha toda a magia da energia sexual e por incompatibilidade se separou e desvinculou de Adão. Depois Adão se uniu a Eva e Lilith ensinou a Eva que a energia sexual é a fonte geradora, matricial, que produz tudo. Através dessa energia sublimada é que se gera freqüências multivibracionais para o universo inteiro, ressona em todas as freqüências universais.A Bíblia diz totalmente ao contrário, dizia que a serpente tentava. Lilith foi simbolizada como serpente por causa da energia de kundalini, onde está sobe em ondas e ondas simbolizam serpentes andando, não tendo nada a ver com réptil. Foi um simbolismo usado para mostrar a energia em ondas que tinham que ser desenvolvidas e por Lilith ser filha de Deuses esta energia era vista a olho nu pelas pessoas a sua volta, sempre subindo dos pés a cabeça e resplandecia a distancia dando a idéia de serpente.Lilith teve vários filhos com Emanuel, Adão e outros homens nascidos aqui na Terra tornando-os Deuses e Semi-Deuses. Para suas filhas ela passou suas magias do olhar, do sorriso e vibração sonora altamente potencializada dentro do seu campo. Ensinou toda sua sabedoria para a raça adâmica, ensinou aos filhos de Caim e Abel, e a outras gerações. Ficou aqui na Terra por mais ou menos 7 mil anos e se foi após cumprir sua missão de povoá-la. Lilith tem um conceito altamente positivo e uma freqüência multivibracional ao nível do universo. Por ser mulher e ter ficado na mesma densidade que a nossa, ela deixou sua genética para as mulheres e homens, seus filhos, filhos dos filhos e assim por diante até hoje, por isso podemos encontrar geneticamente determinadas mulheres e homens com a freqüência ativa dela.A Lilith foi uma Deusa poderosa que deixou sua genética aqui na Terra assim como outros Deuses e Deusas, em outros pontos do planeta, que povoando com outras raças. Com isso, buscamos no Projeto Portal as pessoas com a linhagem genética ou vibratória de Lilith. Em algumas mulheres hoje, com determinados trabalhos e pontos, ela pode ativar e desenvolver a freqüência da Lilith para fechar a questão dos grupos da Luz, Sublimação e Alquimia. Então podemos dizer que Lilith é a energia primária, ou seja, primordial, matricial que gerou a vida, conduzindo até os dias de hoje.As religiões tem muito preconceito com as mulheres, e tentou deixá-las lá embaixo, para muitos as mulheres não passam de escravas dos homens.Porque acham que a Lilith esta se apresentando num momento tão delicado da nossa vida? Ela era uma mulher totalmente independente, enfrentou/confrontou Adão, era uma mulher totalmente liberta (direitos iguais), desde aquela época, as lideranças mundiais mudaram as regras.As mulheres tem muito a oferecer, e esta chagando o momento crucial da nossa vida, e vocês que estão ativadas com a freqüência de Lilith podem receber a visita em casa, como muitas estão recebendo. As mulheres tem que estar preparadas porque agora que a energia feminina vai ter um avanço maior, e com o apoio dos homens. Se somos uma família cósmica temos que ajudar uns aos outros em todas as situações, agradecer e vibrar quando uma pessoa consegue um contato, fenômeno diferenciado, ao nível de evolução, e não ficarmos preocupados porque o fulano ...., sei que já diminuiu, mas as vezes tem comentários, mas a realidade é essa, e ainda somos quase humanos e esse pensamento planetário ainda impede nossa consciência.Freqüência primária, é energia da terra, 3ª D, vontade, a Lilith ensinou a Eva todos os segredos para que se tornasse uma deusa, e ambos tivessem suas visões clareadas: “Se ambos comecem do fruto proibido, eles seriam deuses como eles”. “As visões iriam clarear e teriam discernimento do bem e do mal”.Qual seria o fruto proibido? A mulher, mas ela acompanha o ciclo lunar e menstruam 13 X ao ano, porque acompanha o ciclo lunar de 28 dias e não 31 dias.O fruto proibido é o sexo, energia sexual que liberta em vibrações subliminares e é por isso que a energia da Lilith é de sublimação pois supera, abre as visões, abre os caminhos e é associada assim, mas não é o sexo pelo sexo. A energia sexual sublimada é compartilhada com a pessoa, que tem 100% de compatibilidade uma com a outra, e essa energia seria em todos os sentidos, milhões de vezes mais que outro pensamento na terra.Essa energia é muito sublime e poderosa quando usada corretamente.Sedução, sensualidade, cativar pessoas, falar para multidão, influenciar, gera um encanto nas pessoas.GRUPO DA LILITHTeste:Grupo de no mínimo 3 pessoas. Ir ao shopping, sentar o grupo num lugar e praticar, escolher um número “X” de pessoas e “mentalizando”, chamar atenção desse grupo.Se não funcionar e não conseguir chamar atenção desse grupo, mentalizando, escolher 2 pessoas e todos olhas para essas pessoas e mentalizam que todas elas “tenham vontade de olhar para vocês”. Seria como se a energia de vocês influenciasse, contagiasse a delas. Se ficarem incomodadas, olhando, tiveram sucesso, ponto positivo.Se ainda não deu certo, um do grupo sai, passa perto das pessoas escolhidas, olha bem no olho sem piscar e volta para o grupo, verificar se dá certo.O exercício tem que ser feito para um número maior de pessoas.Magia Sexual“Magia Sexual” é a magia do amor universal (neutro), que é o amor ao próximo e a si mesmo. Engloba tudo que diz respeito ao campo de atração em todos os setores.Como sabemos vivemos num mundo bipolar e é por isso que Lilith teve a iluminada idéia de semear o amor universal, para que pudéssemos andar lado a lado, sempre em casais e nunca sozinhos.Na Magia Sexual seu corpo queima, vibra, aquece, mas não emite o desejo de “planetário” (Não podemos confundir estes dois aspectos). A energia da criação é a energia vermelha/kundalini.Você sente todo o conjunto de emoções (diversas freqüências emocionais) que se fundem gerando um redemoinho, uma espiral que sobe até o frontal.Quando a pessoa atingir esse nível, ela produz energia em espiral que sobe e desce (as Polaridades). Esse equilíbrio é que faz a transmutação (equilíbrio de polaridades).Quem controla esta energia vence a “Morte” e se tornam poderosos. Tem a vida eterna. Os pobres mortais que desconhecem tais segredos perecem...Os “Mensageiros de Deus” viviam 2 mil anos, só depois começou a ter uma diminuição da idade. Na época de Abraão, Moisés caiu para 700, 500 anos e hoje estamos em 70 anos pois este conhecimento se perdeu no tempo.Lilith aparece em nossas vidas para nos dizer que é hora de assumirmos o nosso poder. Você tem medo de assumi-lo? Você é daquelas pessoas que não sabem dizer "não"? Tem medo de perder sua feminilidade se tiver o poder em suas mãos? Você teme ser afastada(o) ou banida(o) pelos outros quando estiver em exercício de seu poder? Está com medo de fazer mau uso dele, dominando ou manipulando os outros?Lilith diz que, agora, para você, o caminho da totalidade está em reconhecer que não está ligado ao seu poder e, então, em segundo lugar, submeter-se e aceitar este poder.*
*ESCRITO POR:CHARLES FERREIRA DE SOUZA
COMPLEMENTAÇÃO
A energia de Lilith precisa ser ativada em todas as mulheres


As mulheres precisam de sua autonomia e manter-se seguras de si.

A violência contra a mulher que se vê em noticiários aqui no Brasil é a expressão da falta dessa energia. O desrespeito, mesmo no século 21, demonstra como a independênica feminina incomoda. A energia consegue afastar os malfeitores e elementos de frequência baixa e incompatível com a alta frequência de Divindade de Lilith. É automático, com a manipulação frequentemente trabalhada e a energia ativa, as mulheres voltarão a serem as amazonas da Antiguidade: Fortes, independentes, seguras e seus filhos homens serão os sacerdotes respeitadores de mulheres e as filhas serão as amazonas. É preciso lembrar que essa energia não é usada para lado amoroso ou sentimental´, é uma forma ampla de utilização para ligar o ser humano ao universo e ao divino. Os homens que geram a violência contra as mulheres tiveram mães sem essa energia, pois estavam submissas a um sistema de idéias machistas. Não se trata de independência sexual, trata-se de se fazer escolhas positivas independente da idéia sistemática do universo machista. Trata-se de se traçar seu destino sem interferência alheia. Impedirá a exploração do corpo feminino, como as revistas masculinas estão fazendo em se estampar a genitália feminina como se fosse produto de compra, para se mostra que o artigo é bom. Absurdo generalizado pela Playboy  e outras e aceita pela mulher como condição normalizada de sucesso, visto que essa energia não foi trabalhada e com isso cada vez mais a energia feminina diminui. Além do fato e da idéia machista de que mulher não consegue gerar sua fortuna financeira se não casar como homem rico e que nem sua felicidade será completa se não encontrar um grande amor. Enfim, são idéias condicionantes que diminuem em muito a energia feminina já fraca e dificulta a energia de Lilith de se manifestar. Mulheres mentalmente fortalecidas, não que assumam poder de gerência ou chefia- porque até estes minimizam a mulher- traduz-se em uma sociedade mais liberta de preconceitos, mais desenvolvida em idéias construtivase mais próxima do estado Divino do ser humano.

AMAZONAS


AMAZONASHistórias das Mulheres Guerreiras por Ernesto Ribeiro

Escavações arqueológicas confirmam a descoberta de fósseis de mulheres armadas para a guerra nas planícies junto ao Mar Negro. Nas 150 tumbas do século 5° aC encontradas em 1996 nas estepes do sudeste da Rússia, perto de Pokrovka, encontram-se enterradas guerreiras com armamento militar. Na Turquia, a mesma coisa, com a primeira identificação anatômica. Na Grécia, "o" maior herói nacional é rainha amazona que venceu o Império Islâmico.



Nos anos 90, foi finalmente esclarecido o mais fascinante arquétipo mitológico da História humana: o mito das Amazonas, baseado em lendas cultivadas de um fato real: a antiga sociedade matriarcal da Ilha de Creta, descrita nas ruínas e nos registros do alfabeto grego primitivo há mais de 5 mil anos atrás, berço da Grécia e da civilização ocidental desde 3200 antes de Cristo.Antes de povoarem o continente com os deuses do Olimpo, os gregos cretenses cultuavam a Deusa-Mãe Terra (Gaia) e construíram uma civilização incrivelmente avançada para a época, com as famílias centradas a partir da autoridade da mãe. Lembre-se que então os povos eram pagãos, com religiões politeístas de deuses e deusas igualmente poderosos. Na mitologia grega, das Amazonas, diziam serem filhas da ninfa Harmônia com o próprio Deus da Guerra, Ares. Seriam protegidas também pela Deusa da Caça, Ártemis. De acordo com Diodoro, a rainha amazona Myrine liderou-as na vitória contra os Atlantes, Líbios e Górgonas, quando "o povo dos deuses" tentou conquistar o mundo. Na vida real, a História e seus acontecimentos foram mais nebulosos, e só a arqueologia avançada, com exames de DNA e carbono 14, conseguiu lançar luz aos fatos de maneira definitiva e comprovando as origens factuais por trás do "mito".A única dúvida que ainda restava sobre a veracidade dos relatos de uma sociedade assim era de ordem prática: como seria possível uma mulher ter força para manejar o peso da armadura, capacete, armas e escudo de metal? A resposta está na própria época em que surgiram, milhares de anos antes de Cristo: na Era do Bronze, o metal a carregar era bem mais leve. "As Amazonas só podiam ter surgido mesmo na Idade do Bronze." avaliam os historiadores. Embora algumas tribos tenham sobrevivido até o final do Império Romano, foi principalmente entre 3200 e 1000 a.C que sua cultura floresceu e se expandiu pelas nações do Mar Mediterrâneo, sendo até aceito como "um fato da vida" mesmo pelos machistas mais inconformados. Por quê justo naquela época? Porque foi esse o período dos primeiros impérios comerciais do Mar Mediterrâneo, cujas nações experimentaram um fluxo intenso de trocas e contatos entre diversas culturas, considerada a primeira globalização.


Um cartógrafo desconhecido, no mapa de 1770, localiza a "Terra das Amazonas" no norte da Sarmatia Asiática, baseado em pesquisas na literatura grega.

Todos os arqueólogos e historiadores são unânimes em apontar a origem da tribo das mulheres guerreiras: a grande Cordilheira do Cáucaso, próxima ao Mar Negro, região hoje ocupada por Armênia, Azerbaijão, Geórgia e Rússia. Há 5500 anos, aquela área ainda era um celeiro (melhor seria dizer vespeiro) de povos bárbaros tão primitivos que nem tinham língua escrita, vivendo principalmente da caça, em culturas matriarcais, como as amazonas e os gargareans, sauromatians, albanianos e cimérios (sim, o povo de Conan).Havia tribos com soldados homens e mulheres. Os antigos gregos chamavam o sistema deles de "Ginocracia" (sociedade regida por mulheres). Inventaram o machado de guerra, arma de dois gumes iguais, usado por homens e mulheres, representando a igualdade. O historiador grego Heródoto (485 - 420 a.C.) já descrevia aquela região como "inóspita, intimidadora, sempre á sombra das montanhas e com o céu coberto de neblina; um lugar onde só os extremamente fortes sobrevivem; uma terra de trevas e noite eterna."Não admira que todos os outros povos fugissem de lá. Mesmo os terríveis citas, que povoaram a Europa com a cultura celta, ficaram chocados com a violência daquele povo, inclusive das mulheres, chamando-as de oiorpata ("chacinadoras de homens"). Enquanto os gregos fizeram menos cultos ao Deus da Guerra, os arianos do Cáucaso pareciam cultuar Ares como um deus central, tornando-se Mestres da Guerra praticamente invencíveis, com a fama de serem guerreiros perfeitos. Eram descritos como indivíduos "de pele branca como a neve, olhos grandes bem abertos, de mulheres e homens altos, medindo entre 1,80 m e 2,20 metros, extremamente musculosos, arrogantes, corajosos e muito, muito fortes mesmo".O historiador grego Strabo (64 aC - 23 dC), escreveu em sua Geografia: "Também as Amazonas vivem nas montanhas do Cáucaso. Exercitam até artes marciais. Vivem da agricultura, pesca e caça nas florestas. Essa região é de vastos campos férteis e saudáveis, com jardins de frutas. Os povos daqui rezam para a Terra, o Sol, a Lua e outros astros. (Havia um templo dedicado á Lua.) Elas tinham filhos se encontrando uma vez por ano com os melhores guerreiros vizinhos, os gargareans, uma tribo só de homens. As filhas ficavam com as amazonas, e os meninos eram entregues aos pais."O historiador romano Plutarco (46aC-19dC) registrou um contato do general do Império Romano Pompeu em 66 aC: "Nesta batalha, as Amazonas lutaram junto com os bárbaros (Albanianos). Mais tarde, fizeram destemidos ataques surpresa contra as legiões. Logo a maioria dos legionários estavam mortos ou feridos. Por isso, o general Pompeu não conseguiu alcançar o Mar Cáspio e retornou." Aquela parte do Cáucaso nunca foi conquistada pelo Império Romano. As Amazonas tomaram parte importante na resistência.


ESQUERDA: Pintura de cena antiga de Baku, no Azerbaijão: "Os Caucasianos Saem Para Caçar". Note o destaque na destreza da amazona atirando para trás e acertando (duas vezes) um veado em movimento.DIREITA: ARTE MINÓICA - Uma mulher agarrando um touro pelos chifres. Um dos esportes mais populares na Era de Ouro Minóica.

"Toreador Fresco" - 1400 aC from the East Wing of the Court of the Stone Spout, Knossos. Uma sociedade multiétnica Repare nas mulheres mais altas de pele branca e o homem de pele escura: a origem caucasiana das fêmeas dominantes é ressaltada em muitas pinturas cretenses, como em Cnossos, palácio do rei Minos. Desde a migração das Amazonas para Creta, o desenvolvimento da sociedade deu um salto impressionante.

Em 3500 aC, alguns desses povos já migravam para o Mar Mediterrâneo: e um deles povoou a Ilha de Creta. Lá se abandonou o nomadismo, plantou-se as bases do Ocidente e a cultura mais refinada floresceu no reino de Minos, com a extraordinária sociedade minóica. Era o paraíso matriarcal. As meninas eram educadas nas mesmas atividades com os rapazes.Mulheres também trabalhavam em cada ocupação e negócios com os homens. Eram habilidosas empresárias, industriais, marinheiras, políticas e militares. As jovens participavam até de esportes incrivelmente violentos e perigosos, como boxe, artes marciais e "salto ao touro". O sacerdócio foi dominado por mulheres.Na arte minóica, figuras femininas parecem retratadas acima de seu pares masculinos, pintadas duas vezes maiores que eles. Os machos aparecem pequenos em escala, comparados à fêmea dominante. O Período Minóico também parece sugerir que os homens quase nunca estavam empenhados em guerras. Deusas e mulheres são retratadas em afrescos empunhando espadas e machados de batalha de dois gumes iguais, símbolo da igualdade. Foram 2000 anos de uma civilização brilhante, num período que foi chamado de Era de Ouro da Antiguidade Clássica. Com a invasão da Ilha de Creta pelo império patriarcal micênico a partir de 1200 a.C, essa civilização se mesclou a outras culturas, dando origem á Grécia. Quando houve o choque da cultura patriarcal de Micenas com a cultura minóica em Creta, o paraíso acabou e a maldição foi lançada sobre o "novo povo" como uma tragédia grega.Daí por diante, o dilema do Ocidente seria a posição das mulheres na sociedade, abafando revoltas. Por rejeitarem a família patriarcal, a reação de muitas delas foi se tornarem cada vez mais competitivas até superarem os homens em tudo – principalmente pela força. O resultado foi o surgimento de uma tribo imensa de superfeministas vivendo numa sociedade inteiramente à parte na Grécia.Já não eram mais bárbaras primitivas sem língua escrita, mas sim bem organizadas em cidades-Estado espalhadas pelo Mediterrâneo e vindas de colônias gregas. Elas tiveram vários reinos, governando as cidades em volta de 'gente comum' dando-lhes proteção, e os 5 maiores foram: em Creta, na Trácia (Grécia), na ilha de Lemnos (no Mar Egeu), no Cáucaso (junto ao Mar Negro), e em sua maior cidade-Estado: Themiscira, banhada pelo rio Térmidon (no Helesponto, Capadócia, Ásia Menor).Isso afrontou todos os costumes. Ao invadirem Creta, os patriarcalistas não faziam idéia da enormidade das consequências que desencadearam. Eles abriram a caixa de Pandora. Logo vieram os rumores da tribo de enormes mulheres guerreiras numa sociedade inteiramente militarizada. A estadista original que formulou os conceitos dessa sociedade única foi a rainha Hipólita, líder militar carismática que inspirou gerações de moças em todas as nações do Mediterrâneo, européias, africanas ou asiáticas, brancas ou negras, a abandonarem "o mundo do patriarcado" e se juntarem ás suas fileiras. Não admira o choque que elas causaram, mas os que mais se escandalizaram foram os gregos.


ESQUERDA: Uma das primeiras representações das Amazonas: em cerâmica de Creta, pintura retrata uma soldada sorridente carregando a companheira ferida após a vitória na batalha. Note o detalhe das pernas com os músculos ressaltados. A força física delas sempre impressionou os gregos.DIREITA: Esta é a mais antiga imagem das Amazonas, num vaso de cerâmica grega cretense datada de 700 aC. No centro, uma amazona prestes a executar um inimigo, puxando-o pelo cabelo para degolá-lo, enquanto o soldado em terror implora piedade. Desde os registros mais remotos, elas sempre foram descritas por essa fama de implacáveis.

Mulheres guerreiras eram uma cultura estrangeira á solta na Grécia. Até pelas diferenças físicas: os gregos da época eram baixinhos de em média 1,65 e as caucasianas guerreiras eram arianas bem altas. Há inúmeras representações de guerras entre amazonas e atenienses, espartanos e micênicos. Os gregos sempre representavam as amazonas como o avesso de tudo o que as mulheres gregas deviam ser: submissas, silenciosas, limitadas ás tarefas do lar. As Amazonas eram apontadas como o mau exemplo completo, a ameaça á ordem, o perigo de uma guerra civil entre os sexos, em que os homens temiam perder tudo.Analisando friamente, todos os assuntos concernentes às Amazonas seguiam um raciocínio bem lógico e de consequências previsíveis. Assim, sua economia precisava ser auto-suficiente, baseada na caça. Como precisavam fixar-se em poucos lugares, sabiam manter um desenvolvimento sustentável, dando uma lição de preservação ambiental.Sua política era não declarar guerras desnecessárias, mas apenas revidar ataques ou aliar-se de acordo com as conveniências da época para ganhar mais poder, como quando se aliaram a Tróia. Enquanto sociedade, elas surgiram da idéia de uma nação legítima reconhecida por todos como um refúgio para mulheres precisando de uma alternativa de vida. Vem daí a aura de libertárias. Também precisavam evitar qualquer dissidência e rachas internos.Por tudo isso, conseguiram manter uma sociedade harmônica e unida. Não admira que a mítica mãe da primeira Amazona seria a ninfa Harmônia, filha de Ares e Afrodite. Elas conseguiram conciliar a guerra externa com a paz interna. Daí que a igualdade total entre as amazonas seria uma utopia pela metade.A vida entre as Amazonas era a de uma colméia que nem era matriarcal, mas unissexual. Isso gerou toda uma sociedade de uma única classe social, com uma rainha-abelha-general e sua corte de milhares de soldadas. Tamanha homogeneidade chegou a ser considerada nas lendas como uma raça á parte para os gregos. Na vida real, em 1100aC, já havia amazonas de várias origens étnicas, que tornaram-se uma cultura á parte.


ESQUERDA: Amazona africana – ao fim da Idade do Bronze, as mulheres guerreiras já eram mais do que uma tribo bárbara caucasiana e se tornaram uma cultura multiétnica espalhando-se pelas nações mediterrâneas. A arqueologia comprovou que a cultura matriarcal dos bérberes venceu o proselitismo do Islã, mesclando-se na exceção de muçulmanismo moderado do Marrocos. Eis a origem da modernização islâmica marroquina – dos mouros que ocuparam a Península Ibérica na Idade Média e criaram o caso único de coexistência pacífica entre cristãos, maometanos e judeus.CENTRO: Neste vaso grego da Idade do Bronze, uma Amazona negra do sul da Líbia.DIREITA: Mesmo após a morte, elas ficam em posição de montaria - FOTO: Escavação arqueológica nas estepes do sudeste da Rússia.

Há evidências de comunidades amazonas no Egito, Líbia e Itália (na ilha da Sicília, então na Magna Grécia). O que as unia era a rejeição ao patriarcalismo. Foi uma versão violenta dos movimentos de massa da juventude inconformada do século XX. Imagine a contracultura dos movimentos Hippie, Feminista e Punk se unindo numa cultura alternativa guerreira para sobreviverem áqueles tempos brutais.Por causa das pressões sociais daquela época efervescente, a cultura amazona tornou-se um fenômeno multicultural do mundo mediterrâneo da Idade do Bronze, com milhares de voluntárias em nações da Europa, África e Ásia. Mulheres e garotas revoltadas com suas famílias, fugindo de casa e aderindo ao novo e revolucionário estilo de vida. A cultura amazona foi o fenômeno social mais revolucionário e radical da História humana.

Aquelas mulheres eram violentíssimas - disse Heródoto - para vencer os homens no campo de batalha e serem aceitas como uma potência respeitada e temida, precisavam ser as melhores militares possíveis, versadas em todas as artes da guerra desde a infância; e também tinham que usar a arma do medo. Daí cultivavam a fama de serem guerreiras realmente impiedosas, que jamais faziam prisioneiros. No máximo, deixavam apenas uns poucos sobreviventes fugirem para contar a história e espalhar o terror.Eram combatentes terríveis, fazendo sempre ataques devastadores para assegurar a reputação de invencíveis. Como eram mais leves que os homens, avançavam mais velozes a cavalo, e na maioria das batalhas venciam sem tocar os pés no chão. Foram elas que inventaram o machado de guerra, arma de dois gumes que era o símbolo do poder matriarcal em Creta. Seu grande trunfo era o uso do arco e flecha, e equilibravam-se a galope atirando.Também encontraram uma saída original para as limitações do físico feminino. Para manter a mira certeira mesmo em movimento, com as alças das bainhas de armas cruzando o peito, elas cortariam metade do busto, ficando sem (a) um seio (mazo). Mas a cirurgia de extração do seio (mastectomia) talvez fosse feita por só uma tribo; elas sempre foram representadas com dois seios.A mutilação seria uma lenda dos homens para assustar as moças, desencorajando-as da idéia de largar a família e se juntar ás amazonas. A destreza inigualável de derrotarem exércitos sempre a cavalo tornou o nome delas o equivalente feminino de cavaleiro. Cultuavam o Deus da Guerra e a Deusa da Caça e só atacavam em grandes batalhões de cavalaria avassaladores, trucidando a todos e dominando as noções de estratégia e tática das falanges que seriam usadas mais tarde pelos atenienses e espartanos.

Elas enlouqueciam os homens gregos, inspirando-lhes sentimentos contraditórios de raiva, admiração, medo, inveja e desejo. Rivais insuperáveis, adversárias imbatíveis e fêmeas inconquistáveis, só lhes restava imaginar fantasias. E esse desejo frustrado de conquista era desabafado na mitologia. Com um ou outro grande herói grego vencendo e desposando uma Amazona, mesmo temporariamente, a fantasia coletiva dos gregos era irreprimível. Mesmo Aquiles se apaixonou perdidamente pela rainha Pentesiléia, "de beleza tão divina mesmo após a morte" que ele até matou um companheiro grego que tentou maltratar o corpo dela. Os atenienses nos cemitérios militares faziam grandes homenagens póstumas nos túmulos das suas adoradas inimigas."Matadoras de Homens" (Heródoto), naturalmente, o pensamento bélico delas era criado por sua própria situação única e extraordinária de minoria isolada de sexo frágil sob risco de extermínio. Para minimizar os riscos, preferiam se esconder habitando áreas afastadas, mas também impor respeito e temor. Como odiavam o mundo do patriarcado, elas não podiam confiar em ninguém, e nem poderiam se dar ao luxo de escravizar outro povo, como os espartanos. Assim, a doutrina militar das Amazonas era baseada no princípio da concentração máxima de força para assombrar qualquer exército e esmagá-los numa onda avassaladora.Para destruir a moral do adversário, a atitude era semear choque e pavor. Elas sempre semeavam o pânico entre os oponentes que não tivessem nervos de aço ao encará-las. Elas atacavam sempre com força total para aniquilar o inimigo de uma vez, eliminando o risco de qualquer represália futura. Por isso preferiam não fazer prisioneiros, impondo o choque. Também por isso era um procedimento lógico deixar uns poucos sobreviventes escaparem, para espalhar o pavor.O fenômeno que marcou o desaparecimento da sociedade das amazonas também definiu o início da Idade do Ferro: a Guerra de Tróia por volta de 1000 a.C. Quando os metalúrgicos da Grécia continental aprenderam a dominar a técnica de fundir o ferro – metal mais duro, pesado e resistente – e produzir o aço que rompia os escudos e armas de bronze dos troianos, a então nascente Grécia virou a mesa e destruiu o maior império colonial da Antiga Era.Já se falava sobre as Amazonas lutando ao lado de Tróia na Ilíada de Homero, a primeira narrativa do Ocidente; mas se na época houve registros de sua existência, eles desapareceram na devastadora guerra contra o Império comercial de Tróia, cuja grande capital ficava na porta de entrada do Oriente e controlava as rotas comerciais da Ásia. O evento foi tão cataclísmico que não houve vencedores: todas as civilizações do Mar Mediterrâneo foram varridas do mapa, incluindo a Grécia.A narrativa mítica foi uma maneira de condenar a tragédia apocalíptica da guerra passando a imagem falsa de que os helenos não foram também derrotados, nem o vil motivo real da guerra: disputas econômicas. O cataclismo histórico da Primeira Grande Guerra Mediterrânea destruiu todas as antigas potências, marcou o fim da Idade do Bronze e fez o mundo cosmopolita mediterrâneo retroceder á vida no campo.O antigo mundo épico estava morto, enterrado e esquecido; apenas alguns fragmentos seriam preservados na memória dos poemas de Homero, lembrando um mítico mundo heróico. Esse retrocesso do povo grego, com a lenta recuperação do progresso anterior, foi o Período Homérico. Nele, os relatos do mundo que ainda aceitava as amazonas se fundiram ao folclore da mitologia dos deuses."E os soldados gregos, horrorizados com aquela cena tão chocante e brutal, atiraram-se ao mar, gritando: Androcthones! (assassinas de homens). Heródoto, "o pai da História", documentou relatos do século 5° aC, descrevendo um grupo de mulheres que enfrentaram os gregos na Batalha do rio Térmidon, em sua capital Themiscira, na Ásia Menor.Numa batalha comum da época, morreram apenas 20% dos soldados de cada lado. Surpresos e impressionados com a resistência e bravura das soldadas, os gregos não executaram as prisoneiras, que foram levadas em navios para serem vendidas como escravas. Eles ainda não sabiam com quem estavam lidando. Mas a surpresa maior viria em seguida. Elas se libertaram, tomaram o controle dos navios e mataram todos os soldados gregos a bordo. Relatos dos sobreviventes que se lançaram na água testemunham que o plano delas era exatamente esse: conseguir um transporte por mar.Mas, sem experiência na Marinha e inábeis para navegar, as mulheres mudaram o curso, seguindo as correntes do Mar Negro até as costas do Cáucaso – exatamente onde as lendas as situam. As Amazonas de Heródoto atingiram o território dos Cítios, um povo nômade guerreiro de arianos do Cáucaso.Essas mulheres guerreiras, diz Heródoto, casaram com os Cítios e os convenceram a migrar para as planícies de campos da Eurásia, cruzando as altas montanhas do Cáucaso e os desertos do Mar Negro até se fixarem nas estepes russas – o povo russo usa o alfabeto grego.A primeira evidência direta do status dessas mulheres guerreiras veio com as escavações arqueológicas recentes. Isso se confirmaria em 1996, com a descoberta de tumbas de fósseis de mulheres armadas para a guerra e a caça nas planícies russas. Nas 150 tumbas do século 5° aC encontradas perto de Pokrovka, nas estepes do sudeste da Rússia, encontram-se soldadas enterradas com armamento militar, muitas com ferimentos de batalha. Junto com espelhos, brincos, colares e outros adornos femininos ricamente elaborados em ouro.

"A forma física delas era bem desenvolvida" diz a arqueóloga Jeannine Davis-Kimball. "Nós vemos isso nas tumbas. Nós encontramos mulheres extremamente fortes, realmente poderosas. Todos os indícios apontam que elas desenvolviam muito a musculatura exercendo a caça. O ambiente rústico (rus, em grego) exigia muito esforço para sobreviver nessas condições. E elas eram grandes.A maioria dos esqueletos adultos têm cerca de 1,90 metro de altura, o que as tornava 25 centímetros mais altas que a média dos homens gregos do Peloponeso na época. Muitas tinham mais de 2 metros. A superioridade física delas nas batalhas devia ser descomunal. Uma explicação para essa diferença física é que elas sempre escolhiam ter filhos com os guerreiros mais altos, grandes e fortes. Assim, as Amazonas também foram a primeira cultura a praticar deliberadamente a eugenia (em grego, seleção genética)"."Imagine o espanto dos soldados gregos ao deparar com um inimigo assim. Para eles, seria como encontrar um ser mitológico na vida real. Se alguém sobrevivesse para contar a estória, ninguém acreditaria. Só vendo os corpos das guerreiras, quando encontravam, pois elas sempre levavam as soldadas mortas consigo. De qualquer jeito, nenhum homem ia admitir que perdeu uma luta para uma mulher.Natural que acabassem se confundindo com a própria mitologia naquela época esquecida. Para elas, isso era outra vantagem: quanto menos gente acreditasse na existência delas, mais seriam deixadas em paz. Se acreditavam, sabiam que era melhor nunca atacá-las. Uma mulher disposta a sacrificar um seio para aperfeiçoar sua destreza de matar deveria ser de um sangue-frio extremo. Mulheres extraordinárias assim são capazes de qualquer coisa."Não surpreende que as Amazonas sempre matavam todos os seus inimigos. Devia ser uma cena assustadora. Um ataque delas era sempre um espetáculo devastador de aniquilação. Cada batalha era uma matança das mais chocantes. Muitos diziam que elas apareciam do nada. Soltavam gritos assustadores, como se estivessem possuídas por demônios, e faziam caretas pavorosas com o olhar ensandecido de sede de sangue, sendo vistas como verdadeiras emissárias da morte.""Elas asseguravam a vantagem massacrando impiedosamente todos os homens no campo de batalha. Eram de uma determinação inabalável, dispostas a tudo para vencer e conservar sua supremacia. Só assim poderiam impor respeito aos homens e garantir sua segurança: aceitando a preparação para a guerra permanente. O grande paradoxo sobre as Amazonas é que, ao se livrarem dos homens, foram as mulheres que inventaram a sociedade mais militarista de todos os tempos. Só podemos imaginar o impacto que isso teve sobre a construção da psique feminina. Deviam ser as mulheres mais estranhas da História."

Durante milhares de anos, as superguerreiras assombraram o mundo com seus feitos. Mesmo vivendo discretamente em reinos isolados, tiveram uma história que se alongou por mais dois milênios após o fim da Idade do Bronze onde reinaram supremas.Recentemente, restos mortais de guerreiras Amazonas combatendo no exército do Império Romano na Grã-Bretanha foi descoberto num cemitério em Brougham em Cumbria. Até o fim da Idade Média, uma certa ilha do Mar Egeu continuou a abrigá-las. Ironicamente, o ato final da História das Amazonas foi também o de triunfo máximo.Na ilha de Lemnos, governada pela rainha amazona Maroula, que venceu o Império Otomano. Parece uma peça épica grega. Impossível melhor final feliz: as Amazonas venceram os maiores imperialistas – os islâmicos. Elas impuseram a humilhação absoluta aos piores machistas – os muçulmanos. Desde então, a ilha de Lemnos celebra a vitória do maior herói nacional, ou melhor, heroína nacional. Uma das principais atrações turísticas de Lemnos, a estátua de Maroula, relembra a bem-sucedida defesa da liberdade.O largo cinturão de aço usado por sua Rainha Hipólita foi o objetivo (pacífico) de um dos 12 Trabalhos de Hércules, com quem ela teria tido uma filha semideusa, Diana: a própria Mulher-Maravilha do dr. Marston. Ele usou esse mito para construir o arquétipo moderno da Super-Mulher do futuro, em equivalência com o Super-Homem do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.No Brasil: a origem do nome do rio Amazonas vem dos primeiros aventureiros brancos, que ficaram estupefatos ao testemunharem a cena de mulheres índias cavalgando animais selvagens com destreza de cavaleiras (amazonas) cujas tribos indígenas eram tão primitivas que nem sequer reproduziam o modelo de família patriarcal, mas matriarcal. E no Xingu, viram a cerimônia anual em honra á Deusa-Mãe Natureza: para lembrar a todos quem manda, as mulheres índias surram todos os homens da aldeia. Nem o cacique escapa.


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