sábado, 17 de julho de 2010

Energias & Existencialismo


Energias & Existencialismo


É bem claro que existencialismo é uma forma de expressão, mas no mundo atual do século 21 se tornou uma forma não convencional de se expressar. Tem-se tratado disso como uma válvula de escape e fuga da realidade cruel e estressante vivida nas cidades. Um questionamento sempre filosófico e com devaneios bem mais reais do que as matérias discutidas. Vêem-se inclusive comunidades surgidas a partir deste novo conceito de vida. Muito embora, não distantes dos modos de vida da sociedade habitual, com costumes de moral, fofocas, até violências e neste meio os próprios habitantes não são adeptos da confiança. Muitos fugindo de sua realidade pregressa querem esquecer e ocultar o que foram ou que são. Torna-se também um terreno profícuo para espertalhões atuarem sem serem incomodados, abusando da fé dos peregrinos. São o charlatões de plantão. Os enganados preferem não denunciar para nunca negarem a sua fé diante da sociedade, porque eles próprios não têm argumentos para praticarem essa fé, é tudo abstrato.
E assim o existencialismo continua rompendo a barreira dos tempos e conduzindo seus seguidores e praticantes a experiências inusitadas. Transformam a ciência atômica em algo figurativo e folclórico para ser um mero cenário diante das especulações de uma vida Superior. Negam fazer parte de um único bloco de seres humanos vivendo a mesma experiência simultânea de viver e serem responsáveis por seus atos. Negam o óbvio, o de existir, apenas existir e não mais que existir. Procuram desenfreadamente uma razão para o simples fato de existir. Se este não existisse, outro existiria no lugar deste. E isso é quase impossível de ser aceito.
Então como discutir um ser complexo, simplificando-o em fatores de energias e relatividade? Não há como, é impossível. Um ser baseado em emoções, que se transformam em pensamentos e depois em ações não pode ser simplificado a energias. Desse modo, como então a busca pela razão de ser tem persistido por milênios, simplificando a vida em energias? Porque não é mais o contexto físico e psíquico o alicerce para esta matéria, é o abstracionismo. É a existência daquilo que não se pode ver. Contudo, como negar aquilo que se faz existir, como ver? Como negar o que os olhos dizem pela visão? É a nova disciplina estudada dentro do existencialismo que faz negar a visão, o tato e a audição. Enfim os 5 sentidos são substituídos por apenas um único, mais poderoso, mais eficaz, a percepção, ou o conhecido 6o. sentido. Essa nova matéria é a relatividade. Nela a visão é limitada a somente este mundo e tem como fonte a luz, sem esta a visão não existe e está sujeita a falhas. O que de certa forma tem sua razão. Já a percepção bem desenvolvida permite ao seu portador uma compreensão e vivência maior em todos os patamares da vida. Muitos diriam que é abstrato e sem argumentos profundos. Mas na matéria da relatividade não há necessidade de se ter argumentos, é tudo relativo até a próxima descoberta. O que abre um grande leque para especulações e faz dividir opiniões.
Os intelectuais, materialistas vão rir. Os crentes vão aceitar pela fé que possuem. E essa nova matéria vai continuar relativa a 2 mundos ou a infinitos mundos porque é relativa e tem base em relação a outra coisa. Não em termos comparativos, mas em termos relativos. E assim vai se caminhando junto com tantas outra teorias.
Embora pareça abstrata e sem sentido, a relatividade é bem concreta, não há argumentos que possam derrubá-la, somente contrapô-la. Como está no campo teórico, dificilmente é invalidada. Precisa somente da fé para ser comprovada. E para a fé existir não há argumentos válidos.
É bom ter em mente que não há relatividade artificial. Relatividade é relativista e tem sempre um ponto referente a outro. Ainda mais quando se põe planos paralelos em debate ela parece ser bem mais real do que é. Visto que planos paralelos são paralelos, mas nunca iguais. A relatividade para eles seria uma forma de comprovarem uma inadequação ambiental de serem iguais. Já artificial é criado, não natural e torna-se incompatível existir uma relatividade criada, pois a relatividade é natural, está ali para ser comprovada, não precisa de meios ou subterfúgios para ser forjada. Então, relatividade é substancial, existencialista e real.
Para aqueles que buscam pela razão de existir, o que muitos chamam de existencialismo, é a maneira de firmar a lucidez e não se perderem nas loucuras do ego. Porque muitos negam, contudo as atrocidades dos humanos contra eles próprios é um sinal de perda de bom senso e enveredamento pelos caminhos da obsessão conduzidas pelo ego em colapso com a inaceitação de ver no semelhante defeitos presente em si mesmo. Logo querer subjugar o próximo é mostrar uma superioridade irreal. Por isso, muitos preferem debater o existencialismo para se manterem lúcidos, com bom senso, não porque superaram as artimanhas do ego e sim para se distanciarem do caos iminente que um ego desenfreado proporcionaria.