sábado, 15 de maio de 2021

P virus que escapou de laboratório

 O novo coronavírus escapou do laboratório? Conheça as evidências que reforçam esta hipótese


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Nicholas Wade foi repórter do @NYTScience por 30 anos, entre 1982 e 2012. No dia 30 de abril, ele publicou um longo texto em seu site listando as evidências de que é mais provável que o novo coronavírus tenha escapado de um laboratório do que se originado naturalmente. 
Muita gente ainda trata a hipótese da origem laboratorial — seja na imprensa ou entre os próprios cientistas — como uma reles teoria da conspiração. 
Após ler as mais de 11 mil palavras do texto do Wade, é possível ainda ter dúvidas sobre como o SarsCov2 surgiu, mas é impossível continuar achando que a tese de que ele escapou do Instituto de Virologia de Wuhan é coisa de malucos. 
Wade mostra como as cartas publicadas na @TheLancet e na @Nature descartando a hipótese de o vírus ter saído de um laboratório são má ciência. Por causa dessas duas cartas, a imprensa parou de fazer perguntas difíceis que deveriam ser direcionadas para o regime chinês. 
Um desses artigos estava contaminado por interesses não revelados: um dos signatários, Peter Daszak, presidente da EcoHealth Alliance, de Nova York, foi quem organizou e rascunhou a carta. 
“A organização do dr. Daszak financiou pesquisa com coronavírus no Instituto de Virologia de Wuhan”, revela Wade. Ninguém levantou este importante dado. “Esse grave conflito de interesses não foi declarado para os leitores da Lancet. 
Em vez disso, a carta concluiu com ‘Declaramos ausência de interesses em conflito’.” Além disso, as duas cartas foram tratadas como artigos científicos por grande parte da imprensa, que deu o assunto da origem do novo coronavírus por encerrado. 
O texto de Wade também expõe a falta de segurança apropriada no Instituto de Virologia de Wuhan, que havia anos realizava pesquisas com versões modificadas de coronavírus altamente infecciosas, projetadas em laboratório para contaminar facilmente humanos. 
E também revela as falhas gritantes na versão do surgimento natural do vírus. Há problemas com o lugar de origem do vírus (“é forçado que a pandemia emerja naturalmente fora de Wuhan e depois, sem deixar nenhuma pista, apareça primeiro lá”), com sua história natural e evolução... 
... (“a estrutura uniforme dos genomas do SARS2 não dá dicas de qualquer passagem por um hospedeiro animal intermediário”), com sua anatomia (“é difícil explicar como o vírus SARS2 pegou o sítio de clivagem da furina naturalmente, seja por mutação ou por recombinação”)... 
, e com código genético (“como foi que o SARS2 adquiriu um par de códons de arginina que são favorecidos por células humanas, mas não por coronavírus?”). 
No parágrafo anterior você leu sobre “sítio de clivagem de furina” e sobre “códons”. Não se preocupe. São termos científicos complexos, mas que foram bem explicados para nós, leigos, por Nicholas Wade. 
@gazetadopovo é o primeiro jornal do Brasil a publicar o texto de Wade, (traduzido por @EliVieiraJr ) abrindo espaço para uma discussão que, ao contrário do que muitos querem fazer crer, ainda está longe de terminar. 
Não é razoável que exista a possibilidade de que — por uma série de fatores, que incluem a inépcia de pesquisadores e a falta de transparência da ditadura chinesa que comanda o país — o vírus tenha escapado de um laboratório em Wuhan e não possamos sequer fazer perguntas. 

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